terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bullying no Trabalho

Bom, a maioria do texto aqui presente foi extraído de um site de saúde ocupacional. Não sou perito no assunto e nem psicólogo, mas como administrador creio que muita gente deveria saber um pouco mais sobre o assunto. A palavra bullying vem do termo inglês e significa atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos com objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa. As práticas mais comuns são tocar, bater, soquear, caçoar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos jocosos, colocar em dúvida a masculinidade ou feminilidade da vítima e podem ser exercidas por um ou mais indivíduos. Esses atos são capazes de causar dores e angústia na pessoa agredida. Diferente do que se imagina, a prática do bullying não ocorre somente nas salas de aulas, esse comportamento tão eficaz e destrutivo da autoestima está presente também entre adultos em seus locais de trabalho. Com pouquíssimas diferenças nas suas definições e muita semelhança nas suas consequências. Segundo o médico Renato Igino dos Santos, especialista em segurança do trabalho, o bullying no trabalho pode se tornar um grande pesadelo para muitas pessoas e até terminar com pedidos de demissão e problemas na justiça. "As situações de bullying podem criar equipes disfuncionais, o que é péssimo para a performance da empresa a longo prazo, além de repercussões jurídicas que a empresa pode enfrentar", adverte o médico. O médico ressalta que não há distinção hierárquica de quem pratica o bullying nas empresas, se é o colega de trabalho ou o chefe. Para ele, na maioria das vezes, esta prática tem como objetivo afastar as pessoas indesejáveis e críticas do ambiente de trabalho. "Em muitos casos se cria uma versão para o fato, que não corresponde à realidade no sentido de denegrir a imagem do outro. A persistência desta situação gera angústia no funcionário agredido e pode caracterizar assédio moral", lembra.

Alguns exemplos de comportamentos de bullying no trabalho:

• Críticas não cabíveis;

• Culpar o funcionário sem uma justificativa real;

• Ser tratado de forma diferente da sua equipe de trabalho;

• Ser alvo de xingamentos;

• Ser excluído ou isolado socialmente;

• Ser alvo de gritos ou ser humilhado;

• Ser alvo de piadas;

• Ser constantemente e excessivamente vigiado.

Como a prática do bullying afeta as pessoas:

• Alto estresse; desordem de estresse pós-traumático;

• Problemas financeiros causados por faltas;

• Baixa autoestima;

• Problemas musculares;

• Fobias;

• Dificuldades para dormir;

• Alto índice de depressão/auto-acusação;

• Problemas de ordem digestiva/alimentar;

Como a prática do bullying afeta as empresas: Cada uma das consequências citadas acima pode ter um custo muito alto para uma

empresa, que geralmente se encaixa em três categorias:

1. Recontratação de funcionários que saem por serem alvos de bullying.

2. Tempo gasto na resolução de conflitos causados pela prática do bullying: energia dirigida a assuntos que não dizem

respeito à produtividade no trabalho.

3. Gastos relacionados à investigação da prática do bullying e potenciais processos trabalhistas. O que pode ser feito? O

médico Renato Igino dá algumas dicas: Funcionários:

• Reconheça que você está sendo alvo de bullying;

• Que você não é o causador do problema;

• A prática do bullying tem a ver com controle e nada a ver com o seu desempenho no trabalho. Tome uma atitude!

• Faça anotações em um diário detalhando a natureza da prática do bullying: datas, horários, locais, o que foi dito ou feito

e quem estava presente;

• Guarde cópias de qualquer prova da prática do bullying contra você, documentos que mostrem a contradição das acusações do

agressor contra você: relatórios, cartão ponto, etc.

Outras ações:

• Tenha em mente que o agressor irá negar e talvez reverter suas alegações; tenha sempre uma testemunha com você quando

estiver na presença de um agressor; denuncie o comportamento à pessoa apropriada.

Empresários:

• Crie uma política de tolerância zero à prática do bullying dentro da sua empresa. A política deve fazer parte de um

comprometimento amplo para um local de trabalho seguro e sadio e deve envolver representantes do departamento de recursos

humanos. Quando a prática do bullying for testemunhada ou denunciada por alguém, o problema deve ser resolvido imediatamente.

• Se a prática do bullying já faz parte da cultura da sua empresa, queixas devem ser levadas a sério e investigadas

prontamente. • Organize sua empresa para que seus funcionários possam participar da tomada das decisões em algumas situações.

Isto ajuda muito a criar um ambiente onde as pessoas se sentem importantes e valorizadas.

• Realize treinamentos que esclareçam o que é a prática do bullying.

• Encoraje políticas de portas abertas no local de trabalho.

• Investigue o tamanho e a natureza dos conflitos.

• Capacite seus gerentes e chefias para terem habilidades e sensibilidade ao lidar e resolver conflitos.

• Demonstre um comprometimento “de cima para baixo” sobre o que é e o que não é um comportamento aceitável no local de trabalho.

Na verdade, o ideal seria que empresas e organizações tivessem a possibilidade de ofertar aos seus trabalhadores momentos de

aproximação e diálogos que permitissem a essas pessoas se conhecerem melhor e se conectarem com suas histórias de vida,

sonhos e desafios. "O entendimento só é possível quando eu realmente conheço o outro, o que ele pensa e sente sobre as mesmas

coisas que eu", dia Igino.

Demissão

O objetivo do agressor é forçar o funcionário a desistir do emprego, coro que a pessoa logo encontra na família, parceiro e

amigos caso decida contar pelo que vem passando durante a jornada de trabalho. Mas o conselho de deixar o trabalho, além de

não ser motivado pelas condições gerais do mercado, ainda encontra uma barreira mais resistente, a psicológica. "A pessoa

fica o tempo todo querendo provar que ela não é aquilo que falam ou pensam dela"

Fonte: Segs / VITAPREV

Uma matéria bem interessante você também encontra em Globo Notícias

Terra Notícias

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