A PCP, devido a complexidade dos fatores e variáveis que fazem parte do seu cálculo, utiliza o que genericamente chama-se de Sistemas de Administração da Produção, que são os sistemas de informação para apoio à tomada de decisões, táticas e operacionais, referentes às seguintes questões logísticas básicas: >> o que produzir e comprar >> quanto produzir e comprar >> quando produzir e comprar >> com que recursos produzir
Apesar de bibliografias apontarem a PCP como tática e operacional, alguns acreditam que seja apenas operacional. Talvez em virtude da PCP atuar no planejamento de curto prazo (0 a 8 semanas). No meu ponto de vista, ele atua tanto a nível tático quanto operacional, uma vez que após receber os pedidos, começa a projetar os prazos e conciliá-los com o prometido pelo setor de vendas.
O planejamento e controle preocupam-se em gerenciar as atividades da operação produtiva, de modo a satisfazer de forma continua à demanda dos consumidores. Qualquer operação requer planos de controle, mesmo que o grau de formalidade e os detalhes possam variar.
Neste ponto é interessante ressaltar que para haver previsibilidade é necessário ter a matéria-prima em mãos antes de programar. A atividade de comprar antecede a Ordem de Fabricação e portanto não faz parte do roteiro de produção.
Imagine a seguinte lógica: pedido verifica se tem estoque de produto pronto; se sim, fatura; se não, verifica materiais necessários para produção; possui estoque de mp? se "sim" produz; se "não", compra.
A partir do momento que entramos na circunstância "produz", subentendesse que temos a matéria-prima em mãos. Algumas empresas, devido a complexidade do produto, e ao tamanho do lead time preferem adquirir materiais no momento em que eles forem necessários, contando sempre é claro, com uma carteira de fornecedores que garantam o prazo de entrega definido.
Mas se estivermos falando de processos de usinagem pura, ou seja, aquela em que a matéria prima resulta no produto pronto após o processo de usinar, no meu ponto de vista, comprar será sempre antes de iniciar a Ordem de Fabricação.
Portanto, seja através da utilização do rancho, onde são relacionadas todas as necessidades para um produto oriundo de montagem de diversas partes, ou na simples usinagem do material, resultando no produto pronto, o processo COMPRAR, não faz parte do roteiro de produção.
Nunca encontrei um autor que fosse contrário a esta minha colocação. Se alguém souber, ou tiver alguma experiência, igual ou contraditória, compartilhe por favor por meio dos comentários à este post.
Obrigado!
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