quarta-feira, 22 de maio de 2013

Chão de Fábrica

Encontrar mão de obra para o chão de fábrica não é tarefa tão fácil. Boa parte das empresas possuem funcionários que estão na empresa a muitos anos, e a minoria é formada por novatos, que serão em tese sucessores dos que fazem parte da empresa a mais tempo. Na teoria tudo muito bonito, mas o que fazer quando o mercado não oferece mão de obra qualificada nem para iniciar o processo de aprendizado corporativo? Hoje em dia diversas entidades oferecem cursos de formação técnica e algumas até de forma instantânea para diversas áreas do mercado. Mas até que ponto este profissional está realmente capacitado para andar pelas próprias pernas? De forma alguma estou desvalorizando os cursos técnicos, muito pelo contrário. Considero-os fundamentais na iniciação do profissional.

Mas por que o mercado oferta qualificação técnica mas não oferece mão de obra qualificada? A resposta no meu ponto de vista é simples: Porque a empresa espera uma qualificação mais abrangente do que somente a técnica. Além disso, pesquisas apontam que o número de profissionais que buscam atuar no chão de fábrica tem caído. Por que? Será que o único responsável é o próprio profissional? Cabe à empresa, às lideranças, compreenderem que grande parte da formação de um profissional se dá em campo, atuando na área em que foi capacitado tecnicamente. Que estes profissionais não estão inteiramente preparados e que se estivessem o custo para mantê-los seria consideravelmente maior. E neste ponto entram em conflito a oferta abundante de mão de obra e a busca pelo profissional capaz. Ambos, trabalhador e empresa, devem perceber que fazem parte de um processo, onde ambos podem ganhar. O trabalhador absorvendo experiência e a empresa somando capital intelectual e este ciclo de sucessão faz parte do processo de perpetuação da empresa.

Se você não promove a qualificação do seu sucessor dentro da empresa, não contribui para a perpetuação do negócio. Pois se o cenário futuro se concretizar teremos deficiência cada vez maior na mão de obra operacional, capacitada ou não, uma vez que seu principal multiplicador, ou seja, as empresas, estão sabotando o processo. Encontrar mão de obra qualificada desta forma, acima de tudo, é encontrar pessoas dispostas a crescerem dentro da organização e a empresa estar disposta a fornecer subsídios para que isso ocorra.

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